por Lara Mourisca, sábado, 20 de fevereiro de 2010 às 05:33
Era eu ali...
Acabada de chegar áquela praia criada á medida dos meus sonhos... na esperança de agitar o k me impedia de continuar a ser eu...ou na limitada esperança de o tentar fazer..........
O vento soprava me os cabelos e sacudia me os sonhos que não desapareceram no despertar da manhã...Bruscamente, como já é hábito, descalço-me com vontade de sentir a areia e o vai e vem das ondas do mar...
A água estava gélida e quase me rasgava a pele no choque de temperaturas com o meu corpo k fervia..............As lágrimas, mais salgadas que a água do mar, faziam se sentir...e rápidamente me percorriam o rosto com a ajuda do vento...
Apetecia me gritar...mas a voz soltava-se num silêncio mudo.....................
Queria despir-me, rasgar a roupa e expulsar de mim tudo o k não pertencia à verdadeira essencia da minha pessoa....mas infelizmente nem forças para isso me restavam..................
Era eu ali...seria verdadeiramente eu?....sem alma?
qual será o peso de uma alma?........
Eu não acreditava mais...e isso era o k não me deixava continuar.....ser eu outra vez!!..........
Procurei me na imensidão daquela tarde...e quando olhei para tráz a areia continuava lisa...sem pegadas..............como se alguem atrás de mim as fosse apagando numa forma delicada de me dizer que aquele não era o caminho...e eu parei!
Acho k parei naquele dia e nunca mais me levantei daquela areia...como se já quatro estações tivessem habitado juntamente comigo naquela praia...sem que ninguem se atrevesse a lá entrar..................................
E não entram porquê?????????????????...será que eu não deixei ninguém visitar-me ou será que me faltou coragem para explicar que o meu silêncio fazia parte da minha nova casa................
Julguei me fraca por instantes...mas não era isso...era falta de força para aceitar..era infelizmente o castelo de areia que já não sabia construir...conseguia projectá-lo todo feito...mas tinha passado muito tempo...ja não sabia como era o inicio...e tinha a sensação de que assim...na primeira onda nenhum novo castelo se iria aguentar...
Era eu ali...na minha praia...no meu silêncio...que teve dias em que se tornou ensurdecedor..................
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a essencia é tipo as cinzas. conforme voa...vai renascendo com a fenix
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